segunda-feira, 11 de junho de 2007

Breve homenagem a Miguel Reale


Por Victor Emanuel Vilela Barbuy



Ficamos todos profundamente entristecidos com a notícia de que Miguel Reale faleceu, vítima de um enfarto do miocárdio, aos 95 anos de idade, na madrugada de 14 de abril, enquanto dormia em sua casa em São Paulo.
O Brasil e a Humanidade perdem, com a partida de Miguel Reale para a Milícia do Além, um de seus mais brilhantes intelectuais.
Ilustre filósofo, jurista, professor, advogado, ensaísta, poeta, memorialista e Imortal, Miguel Reale foi, em sua juventude, Secretário Nacional de Doutrina e Estudos da Ação Integralista Brasileira e um dos maiores doutrinadores do Integralismo, havendo escrito nesse tempo obras de inegável valor, como “O Estado Moderno” e “O Capitalismo Internacional”.
Fundador do Instituto Brasileiro de Filosofia e da Revista Brasileira de Filosofia, criador da Teoria Tridimensional do Direito e principal mentor do Código Civil de 2002 – que com justiça deveria ser chamado de Código Reale, da mesma forma que o de 1916 é chamado de Código Bevilácqua – Reale sempre lutou pela Democracia e pela Liberdade e foi um mestre para todos nós.
Como Integralista, descendente de imigrantes italianos e estudante de Direito que sou, eu - que recentemente prestei uma modesta homenagem àquele jovem idealista e ex-marxista de São Bento do Sapucaí que, saído das trincheiras da Revolução de 1932, ingressou nas fileiras do Movimento Integralista com o objetivo de ajudar a construir um Brasil maior, melhor e mais justo – sinto-me talvez ainda mais comovido do que a maioria dos brasileiros.
Resta, todavia, a mim e a todos nós, a certeza de que o nome de Reale permanecerá, como um farol, iluminando o futuro da nossa Pátria.

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